Governos envolvidos no pólo petroquímico do Rio devem ter convênio de cooperação técnica na próxima semana

14/03/2007 - 11h44

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Na próxima semana os governos federal e estadual e osmunicípios ligados ao Pólo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), devemfirmar convênio de cooperação técnica destinado à adoção de medidas e realizaçãode projetos de infra-estrutura para atender aos municípios envolvidos direta eindiretamente no complexo. A informação é do ministro das Cidades, MarcioFortes.

“Temos que cuidar preventivamente dos problemas que podemadvir do progresso. Temos investimentos significativos da Petrobras no Comperje, por isso mesmo, temos que pensar no que vai acontecer com a migração demuitas pessoas - não só para o trabalho de construção do complexo, mas tambémque permanecerão depois na região para trabalhar no Comperj”, disse o ministro.As declarações de Marcio Fortes foram dadas depois deencontro nessa terça-feira, no Palácio Laranjeiras, com o governador SérgioCabral, secretários das áreas em discussão e prefeitos dos municípios doentorno do Comperj. Segundo o ministro, no próximo dia 11 de abril haverá outrareunião para aprofundar as questões discutidas.Fortes adiantou que estarão envolvidos no convênio, além daPetrobras, que investirá mais de US$ 8 milhões na Planta Petroquímica, o BancoNacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Caixa EconômicaFederal, o governo do estado e prefeituras dos municípios do entrono docomplexo.“São investimentos importantes que podem trazer progresso,mas se não houver prevenção e planejamento pode também trazer o caosurbanístico. Por isso, temos que pensar em soluções pra as áreas de habitação,saneamento, educação, segurança, abastecimento d’água – este um problema muitodelicado”.Segundo o ministro, a principal preocupação é evitar o quejá aconteceu em outras regiões do Brasil, como Macaé, onde a ida da Petrobras ea chegada do desenvolvimento, sem o planejamento adequado, levou à cidade umcaos do ponto de vista do desenvolvimento urbano.“Nosso objetivo é preservar o futuro com açõespreventivas que ordene toda a questão do desenvolvimento urbano da região – semesquecer a área rural, onde a Petrobras já desenvolve com a Embrapa a criaçãode um cinturão verde em torno de toda a área do complexo”.