Juliane Sacerdote e Petterson Rodrigues
Da Agência Brasil
Brasília e São Paulo - O crescimento de 7% no número de empregos na construção civil brasileira é um resultado “bom”, na avaliação do vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Sergio Watanabe.“A construção civil conseguiu inverter a curva decrescente para um crescimento significativo, a partir de 2004. Os indicadores estão acompanhando o PIB da construção”, afirmou, em entrevista à Agência Brasil.O setor imobiliário puxou o índice, com "crescimento significativo", que Watanabe explicou ser devido “ao aumento no crédito destinado à construção da casa própria e à melhoria da qualidade do financiamento, com mais linhas, alongamento nos prazos de financiamento e redução nas taxas de juros". O índice foi divulgado hoje (23) e resulta de levantamento feito pelo sindicato e pela Fundação Getúlio Vargas Projetos. Com base em dados do Ministério do Trabalho e Emprego, no setor foram criados 98,1 mil empregos com carteira assinada, dos quais 27,8 mil no estado de São Paulo. A construção brasileira empregou no ano passado 1,49 milhão de trabalhadores, 412,7 mil deles no estado. Watanabe destacou ainda que esse aumento no número de empregos também é conseqüência do investimento recorde no setor, no ano passado: segundo cálculos do Ministério das Cidades, foram investidos cerca de R$ 19,45 bilhões. O nível de emprego, de acordo com o Sinduscon-SP, registrou queda de 3,14% em 2003 e em seguida iniciou a série de crescimento: 5,3% em 2004, com 1,28 milhão de trabalhadores empregados, dos quais 352,3 mil no estado de São Paulo; e 8,3% em 2005, com 1,39 milhão de trabalhadores com registro, dos quais 389,8 mil em São Paulo. Para o vice-presidente do Sinduscon, a expectativa para 2007 é positiva, já que o “o governo resolver eleger a construção civil” para receber uma série de investimentos, previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apresentado em janeiro.Em dezembro, o nível de emprego na construção civil em todas regiões do país apresentou redução de 2,5% (37,7 mil) nos postos de trabalho, comparado a novembro, em razão do efeito sazonal. A maior queda percentual foi na região Norte (6,4%), com 4.614 demissões; e a menor, na região Sudeste (1,8%), com menos 15.786 vagas.