Chinaglia reitera prioridade a projetos sobre segurança pública

12/02/2007 - 23h08

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), rebateu hoje (12) as criticas de que o Congresso só discute a questão da segurança pública depois que acontece um crime de grande repercussão nacional, como o que ocorreu na semana passada no Rio de Janeiro. "Não há necessidade de acontecer nenhum caso novo para ser retomada a discussão sobre a violência. É uma crítica precipitada, mas respeitamos essa opinião", disse. Chinaglia informou que as matérias relativas à segurança pública serão prioritárias na Câmara, mas que precisam ser debatidas antes de serem levadas à votações: "Não vamos fazer disputa de velocidade. O debate da segurança pública não vai parar na Câmara". Ele informou que já havia pautado para votar nesta semana alguns projetos sobre o tema. Em relação aos projetos de lei aprovados pelo Senado por ocasião dos ataques atribuídos à facção Primeiro Comando da Capital, em São Paulo, Chinaglia informou que eles ainda não estão em condições de ser votados em plenário. "O que veio do Senado não está em condições de ser votado. A iniciativa da Câmara de votar projetos como o que aumenta a reclusão para quem comete crimes hediondos é sinalização clara de que essa discussão vai continuar", disse. Para o presidente da Câmara, é preciso discutir, na questão da segurança pública, a prevenção e a repressão – e não só votar os projetos: "A votação desses projetos, por si só, não dá garantia de segurança pública aos brasileiros". Ele acrescentou que o debate não se restringirá às votações, mas "vai avançar para comissões gerais em plenário, comissões especiais e até seminários".