José Carlos Mattedi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, discutiu hoje (5) com o ministro Fritz Longchamp, da Secretaria Geral da Presidência do Haiti, ministro Fritz Longchamp, o desenvolvimento de projetos de cooperação como a construção de uma fábrica de produção de vacinas naquele país. Durante o Seminário sobre Operações de Manutenção da Paz, que se realiza no Palácio do Itamaraty até quarta-feira (7),  os dois ministros conversaram sobre a situação interna do Haiti, após a deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide. Os distúrbios levaram ao envio, pelo Brasil, de 1.200 militares do Exército para compor a tropa internacional com cerca de 7 mil homens, da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah). O chanceler haitiano Anthony Dessources também participou do encontro, ao lado de representantes do Canadá e de nove países da América Latina: Argentina, Bolívia, Equador, Chile, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai. Ele informou que a situação no país, hoje, é "quase estável, mas ainda não somos auto-sustentáveis". E acrescentou que "com a ajuda de países como o Brasil, entraremos no caminho da normalização". Além da ajuda direta, o Brasil irá encabeçar parcerias com outros países que possam se transformar em ajuda à população haitiana – a fábrica de vacinas reúne ainda o Canadá. Outros projetos são o de desenvolvimento de hortas, em parceria com a Argentina; e o programa de coleta de lixo, com a participação da Índia e da África do Sul. Longchamp, segundo a assessoria do Ministério das Relações Exteriores, também destacou os avanços nas condições de segurança e disse que o objetivo agora é melhorar as condições de infra-estrutura do país, "acelerar os projetos que visem ao desenvolvimento local".