Amorim diz que preço do gás boliviano deve ser alvo de discussão técnica

05/02/2007 - 21h16

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro das Relações Exteriores,Celso Amorim, disse hoje (5) que embora o governo brasileiro demonstreboa vontade para com as reivindicações do governo boliviano, a questãodo aumento do preço do gás comprado pelo Brasil tem de ser tratadatecnicamente.

O ministro negouque a visita ao Brasil do presidente da Bolívia, Evo Morales, estejacondicionada a esse aumento: "O presidente Luiz Inácio Lula da Silvatem demonstrado boa vontade ao tratar deste tema. Agora, é evidente quehá condicionantes técnicas. Não adianta querer tratar de certosassuntos só sob o ponto de vista político”.

Parao ministro, há outros assuntos de interesse comum a serem discutidos nareunião marcada para o dia 14. “Espero que o presidente Evo Moralesconfirme sua visita ao Brasil, para que possamos tratar dos váriostemas de nossa vastíssima agenda bilateral, incluindo a entrada daBolívia no Mercosul”, disse, após participar da abertura de semináriosobre operações de manutenção da paz no Haiti, com o ministros FritzLongchamp, da Secretaria-Geral da Presidência do Haiti, e Peter MacKay,dos Negócios Estrangeiros do Canadá.

Indagadosobre se o Brasil concordaria com o aumento do preço do gás boliviano,Amorim reiterou que "isso é um assunto da Petrobras". E defendeu que anegociação garanta um retorno justo para a Bolívia e também para oBrasil: "Tem de ser um projeto viável em termos de investimento. Se aBolívia deseja mais investimentos, isso só pode ocorrer se o processo,em seu todo, for viável".