Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A presença brasileira em Davos é importante, na avaliação do coordenador do curso de Diplomacia Econômica da Universidade de Campinas (Unicamp), Mário Ferreira Presser. “Os presidentes dos países em desenvolvimento tornaram-se uma espécie de caixeiros viajantes de seus países, tentam vender, junto à comunidade empresarial reunida em Davos, as bondades de seus países, como são amigáveis aos investimentos estrangeiros”.O presidente Luiz Inácio Lula da Silva será o único chefe de estado sul-americano a participar do Fórum Econômico Mundial 2007, que começa hoje (24) na cidade suíça de Davos. O evento reúne desde 1971 as principais lideranças empresariais do planeta. Este ano, 24 chefes de Estado e de governo, 85 ministros, líderes religiosos, executivos da mídia e representantes de organizações não governamentais participarão do encontro, que vai até domingo (28).“O tema ambiental será a estrela do fórum e representa uma janela de oportunidade comercial muito grande para o Brasil”, acredita Presser.Para o cientista político Ricardo Caldas, professor do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília, o Fórum Econômico Mundial é um espaço para o Brasil se expor ao mundo. “É uma oportunidade de mostrar como nosso país pensa, quais são nossos valores, ouvir opinião sobre nosso país , mostrar que o Brasil está inserido e entende as demandas internacionais, por exemplo sobre a Amazônia, e tem proposta sobre elas”, opina.Também participarão do Fórum Econômico Mundial os ministros Celso Amorim (Relações Exteriores), Guido Mantega (Fazenda), Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.