Marcela Rebelo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro das Cidades, Márcio Fortes, comentou a decisão da Força Sindical e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos de entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a medida provisória que cria o Fundo de Investimentos em Infra-Estrutura com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). "Estamos em uma democracia, e é bom que cada um expresse suas idéias e possa levar ao foro adequado - no caso, o Judiciário - as suas questões para dirimir as dúvidas", disse Fortes, em entrevista hoje (25) à Radiobrás. O ministro preferiu não dizer se acredita que o fundo será considerado inconstitucional pelo STF. "Cabe ao órgão decidir. Eu não posso especular". O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, no entanto, afirmou na última terça-feira (23) que está certo da constitucionalidade do fundo. "Estou seguro de que ganharemos". Fortes lembrou que, quando a proposta foi aprovada pelo Conselho Curador do FGTS, os representantes dos trabalhadores não foram contrários à criação do Fundo de Investimentos em Infra-Estrutura. "Não houve, por parte dos trabalhadores, nenhuma manifestação em contrário". Para o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o uso dos recursos do FGTS para a implementação de obras de infra-estrutura coloca em risco um direito social dos trabalhadores brasileiros.