Grupo técnico coordenado por ministérios acompanhará implementação do PAC, revela Tarso Genro

24/01/2007 - 13h29

Cristina Índio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Todas as medidas que entrarem em prática no Programa de Aceleraçãodo Crescimento (PAC) serão acompanhadas por um grupo técnico coordenado pela CasaCivil, e os ministérios da Fazenda e do Planejamento. A informação foi dadapelo ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, em entrevista ao ProgramaNotícias da Manhã, da Rádio Nacional.“Para um acompanhamento técnico, jurídico e burocrático,porque envolve não só a verificação de dados, mas também o acompanhamento eevolução das obras”.O grupo terá contato direto com os técnicos dos ministérioscorrespondentes aos projetos dependendo do assunto que está sendo avaliadonaquele momento. “É uma estrutura especial que tem a finalidade de informar,permanentemente, e permitir que o próprio presidente da república monitore odesenvolvimento do PAC que é um compromisso político e programático dele deextrema importância”, afirmou.Para Genro, ao se ler os enunciados do Conselho deDesenvolvimento Econômico e Social se verá que a sociedade civil discutiu oconteúdo do PAC. “Lá estão 70 ou 80 por cento das medidas que estão sendoapresentadas agora. Depois tem o documento dos sete pontos da coalizão”.O ministro contestou que o programa tenha sido formuladopelo governo há pouco tempo. “Todas as medidas do PAC estão mencionadas nossete pontos da coalizão e são traduzidas, praticamente, agora em propostas dogoverno Isso não foi um pacote tirado do chapéu do presidente”.Embora tenha afirmado que se inclui no grupo que torce pelaqueda na taxa de juros, o ministro acrescentou que esta é uma tarefa do BancoCentral e por isso não deve ficar emitindo opiniões. “Que a imprensa e oscomentaristas façam especulações não só é natural, como desejável, porquerefletem certas tensões que existem no mercado e na sociedade civil, mas nós dogoverno temos que esperar sem nos precipitar em manifestar qualquer posiçãoporque pode parecer interferência do governo em uma decisão que compete aoBanco Central”.