Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Desde que foi criado, em 1971, o Fórum Econômico Mundial nunca dedicou tanto espaço à temática ambiental. Das 220 sessões de debates previstas para os próximos cinco dias, 17 tratarão dos efeitos nocivos da emissão de gases de efeito estufa. A pauta de discussões deste ano prevê temas como “O Cenário Jurídico de Mudanças Climáticas”, “Fazendo o Verde Ser Rentável”, “Os Efeitos das Mudanças Climáticas sobre a Segurança” e “A Economia das Mudanças Climáticas”.O encontro reúne, de hoje ao próximo dia 28, 2400 lideranças empresariais e políticas na cidade suíça de Davos. O professor brasileiro José Goldemberg, ex-ministro da Educação e ex-secretário de Meio Ambiente do Estado São Paulo participará das discussões.De acordo com o chefe de iniciativas ambientais do Fórum, Dominic Waughray, a centralidade de temas como mudanças climáticas e segurança ambiental é uma demanda crescente das cerca de mil corporações que financiam o Fórum Econômico Mundial. “O Fórum já serviu de plataforma para que o tema fosse discutido, mas o programa da Reunião Anual deste ano demonstra a importância desses assuntos para líderes corporativos, e quão séria é sua preocupação em encontrar soluções concretas nas parcerias entre os governos e as principais Organizações Não-Governamentais (ONGs)”, afirma Waughray na página oficial do evento. “Sendo assim, o comprometimento dessas empresas com o assunto representa um passo muito positivo para todos”.Os debates partirão de um trabalho prévio conjunto do Fórum com acadêmicos, líderes corporativos, representantes de ONGs, chefes de agências das Nações Unidas e líderes políticos, entre outros. Em cada sessão, serão abordados desafios políticos, de legislação e de governança, desafios financeiros e para o mercado, desafios de liderança e necessidade de mudanças comportamentais e desafios de desenvolvimento e adoção de inovações. Ao final, haverá uma sessão plenária sob o tema “Mudanças Climáticas: A Hora da Ação”.Um dos acordos prévios diz que os participantes (sejam países ou empresas) poderão compensar as suas emissões de gás carbônico participando do programa do fórum para aumentar a conscientização sobre o equilíbrio climático, a chamada Aliança Climática de Davos.