Conselho Político da Coalizão se reúne para discutir aprovação do PAC

23/01/2007 - 23h11

Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro (Brasil) - O Conselho Político da Coalizão se reúne na semana que vem para discutir a aprovação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).  A afirmação é do ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, que está preparando o encontro. "A agenda desta reunião é a aprovação do PAC, o exame das medidas pelos 11 partidos que apóiam o governo, um diálogo interno no conselho e daí uma articulação dos partidos e das lideranças para a aprovação das medidas”, disse hoje (24), em entrevista ao Programa Notícias da Manhã, da Rádio Nacional.Segundo o ministro, isso não descarta a possibilidade de o governo aceitar contribuições do Congresso Nacional em relação às medidas, o que para ele não só democrático, mas previsível.Embora tenha destacado que cerca de 90% do PAC são instituídos por Medida Provisória (MP) e já estejam gerando efeito jurídico, o Tarso afirmou disse acreditar que a tramitação no Congresso se dará pela próxima legislatura, que toma posse no dia 15 de fevereiro. “O PAC já está em implementação, a não-votação das medidas até o momento em que elas não perdem a validade não atrapalha implementação do programa”, acrescentou.Na avaliação dele, a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, no dia 1º de fevereiro, não deve interferir na formação da coalizão. “O governo reconhece que tem dois candidatos da base aliada [Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Aldo rebelo (PCdoB-SP], que os dois são capazes e têm preparo para exercer a presidência. Agora, evidentemente, o governo tem a expectativa de que essa disputa não seja levada a termo no sentido de que possa rachar a base em um eventual segundo turno". Tarso acrescentou, ainda, que o debate tem que continuar elevado. "São duas pessoas que têm uma enorme responsabilidade com o governo Lula e, se os dois forem para o segundo turno, o problema da coalizão está resolvido e a presidência da Câmara será da  coalizão majoritária como recomenda o bom senso no tipo de democracia que estamos construindo no Brasil”.