Regularização de garimpo no sul do Amazonas deve respeitar meio ambiente, diz coordenadora

18/01/2007 - 19h53

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A diretora de Desenvolvimento Sustentável na Mineração doMinistério de Minas e Energia (MME), Maria José Salum, informou que embora aocupação e os trabalhos de extração de ouro no Garimpo do Juma estejam sobcontrole, os governos federal e estadual pretendem organizar a atividade a fimde impedir qualquer ação que possa degradar o meio ambiente. Salum é a coordenadora da comissão criada pelo governofederal para organizar a exploração do ouro e evitar futuros conflitos nogarimpo recém aberto no sul do Amazonas, a cerca de 450 quilômetros de Manaus. Segundo ela, o MME e outros órgãos governamentais jáiniciaram uma série de ações no local. A principal delas, segundo Salum, é alegalização da atividade. “Estamos fazendo a legalização com grande preocupaçãoambiental. Para que a cooperativa que está sendo constituída pelos garimpeirosreceba do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM) o título deexploração, ela terá de ter uma licença ambiental, obtida junto ao governoestadual, ou seja, os garimpeiros terão de trabalhar com a visão de preservaçãoambiental”.De acordo com Salum, da mesma forma que os prefeitos dascidades próximas, a comissão está preocupada com o grande número de pessoas quetêm procurado o garimpo. “Já não há mais lugar. Os poucos postos de trabalho jáestão ocupados por garimpeiros da própria região. Então, temos tentadoesclarecer que não há lugar para novos trabalhadores e nem há ouro em grandequantidade”. Salum disse que o ouro encontrado na Gruta do Juma é pouco eestá concentrado em uma área muito pequena. Para ela, o garimpo não comportamuita gente e sua duração provavelmente será curta. “Temos alertado para tentarimpedir o fluxo muito grande de pessoas. Elas ouvem a notícia de que é umgarimpo com muito ouro, mas não é esta a condição”. A preocupação das cidades próximas é de não comportar aquantidade de pessoas que possam se dirigir à região atraídas pelapossibilidade de enriquecer trabalhando no garimpo. Para Salum, a realidade ébem diferente. “Uma vez lá, elas não encontrariam trabalho e nem sequerencontrariam ouro”.