Serra visita local de desmoronamento pela segunda vez e diz que prioridade é busca de vítimas

13/01/2007 - 18h54

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O governador de São Paulo, José Serra, visitou pela segunda vez, no final da tarde de hoje (13), o local do desmoronamento no canteiro de obras do metrô, onde será instalada a Estação Pinheiros. Depois de visitar o local, em entrevista à imprensa, Serra disse que a prioridade agora são as vítimas."As vítimas estão sendo atendidas. Quarenta e duas famílias já tem hospedagem em hotéis e vão ter suas casas refeitas, se for necessário. Há um seguro que garante isso", afirmou.Segundo o governador, os trabalhos agora visam à procura de "eventuais vítimas, que estariam dentro de veículos soterrados". De acordo com Serra, depois que as buscas terminarem, o próximo passo será "fazer um forro de cimento para dar mais sustentação para o buraco e para que não haja mais deslizamentos".Sobre o problema da grua, que pode cair, o governador afirmou que a idéia é colocar "um cabo de aço do outro lado, para impedir que ela deslize ou caia mais. Mas ela está bem presa na base".Pouco antes da coletiva de Serra, o coordenador geral da Defesa Civil do município, coronel Jair Paca de Lima, disse à imprensa que a chuva que caiu em São Paulo no meio da tarde de hoje não provocou problemas, nem impediu o trabalho de buscas do Corpo de Bombeiros. De acordo com Lima, duas casas foram seriamente comprometidas pelo acidente de ontem e 55 residências ficarão interditadas até que o problema com a possível queda do guindaste seja resolvido, o que pode levar mais de 48 horas.Pelo último balanço divulgado à imprensa, 230 moradores, de 79 famílias da região, foram deslocados ontem (12), dia do desabamento, para hotéis da cidade. Nenhuma vítima foi encontrada no buraco, mas os trabalhos de buscas continuam, sem interrupções. O Corpo de Bombeiros informou que trabalha com a possibilidade de sete pessoas estarem desaparecidas: quatro pessoas que estariam dentro do microônibus da empresa Transcooper, que fazia a linha Casa Verde-Pinheiros (entre elas o motorista e o cobrador), dois pedestres que passavam pelo local no momento do acidente e um motorista de caminhão, que trabalhava na obra.