USP premia ONGs na área de direitos humanos

11/12/2006 - 22h39

Gabriel Corrêa
Da Agência Brasil
São Paulo - O trabalho em defesa dos direitos humanos de duas organizações não-governamentais brasileiras foi premiado hoje (11), na Universidade de São Paulo (USP). Maria da Conceição Santos, presidente e fundadora da Associação de Mães e Amigos da Criança e do Adolescente em Risco (Amar), e a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) ganharam a sétima edição do Prêmio USP de Direitos Humanos.A vencedora da categoria individual, Maria da Conceição Santos, já recebeu outros nove prêmios pelo seu trabalho na Amar e vê o reconhecimento da USP como “a coroação de uma luta”. Ela se considera “perseguida política” em decorrência das denúncias feitas pela Amar contra funcionários da Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem-SP). “Nós trabalhamos denunciando as barbáries e os crimes de tortura e de morte dos adolescentes internos da Febem e dando apoio e orientação às famílias”.A SDDH soma 29 anos de existência e atua em diversas áreas na promoção e defesa de direitos humanos no estado do Pará. A entidade intervém juridicamente em casos de violação de direitos humanos, trabalha na formação de ativistas de acordo com mecanismos internacionais de direito e mantém um banco de dados sistematizado sobre homicídios violentos praticados em todo o Brasil. Um dos trabalhos realizados pela ONG é o acompanhamento jurídico do caso de Eldorado dos Carajás, em que 19 trabalhadores rurais sem-terra foram mortos em confronto com a polícia em abril de 1996.A universidade também faz menções honrosas ao padre Júlio Lancelotti, por sua atuação na Pastoral do Menor, e ao Instituto Ayrton Senna, por seu programa de auxílio à criança.Outras informações no site www.direitoshumanos.usp.br.