Patrícia Landim*
Da Agência Brasil
Brasília - Quatro operações da Polícia Federal (PF), realizadas hoje (7), resultaram em 61 prisões. As pessoas estavam envolvidas em crimes pela internet, ambientais e fraudes no INSS. No total, são mais de 500 policiais que ainda trabalham nas buscas, apreensões e prisões em seis estados do país.Em Belém (PA), acontece a Operação Control+Alt+Del que já prendeu 39 pessoas no Pará, uma pessoa no Piauí e outra no Maranhão. Além disso, há mandados de prisão e de busca e apreensão em Goiás e em São Paulo. O objetivo, segundo a Polícia Federal, é prender uma quadrilha envolvida com o roubo de senhas bancárias por meio da internet.De acordo com a assessoria da PF, os envolvidos enviavam vários e-mails que simulavam mensagens de órgãos federais e de bancos, o que induzia os usuários a acessarem sites falsos. Com isso, eram capturados os números de contas e as senhas que facilitava as transferências de dinheiro para pagamento de contas diversas.A assessoria de imprensa da PF ainda informou que os presos serão indiciados pelos crimes de furto mediante fraude, formação de quadrilha, violação de sigilo bancário e lavagem de dinheiro. No total, 215 policiais federais participam da ação. De acordo com a Polícia Federal, ao final da operação vai ser contabilizado quantas pessoas foram prejudicadas com a fraude e quais foram os prejuízos.Já a Operação Passagem, em Rondônia, cumpriu nove mandados de prisão e os 62 mandados de busca e apreensão previstos. A Polícia Federal, com a ajuda do Ibama, descobriu os envolvidos que exploravam madeira de forma ilegal das reservas indígenas de Lajes e Ribeirão, na região oeste do estado. Foram 160 policiais que participaram da ação.Segundo o superintendente regional da PF, Joaquim Mesquita, a madeira era exportada para a Bolívia passando pelo município de Guajará-Mirim. Os transportadores faziam uso de Autorização para Transporte de Produtos Florestais (ATPFs) irregulares. As autorizações eram furtadas no Ibama do Pará e vendidas em Rondônia.“Agora essas pessoas estão presas e ficam à disposição da Justiça Federal. As nossas equipes estão analisando todo o material que foi apreendido nas buscas, todos os documentos que foram arrecadados, equipamentos de informática para que brevemente tenhamos condições de apresentar um relatório ao Poder Judiciário e ao Ministério Público Federal”, destacou Mesquita.Em São Luís, no Maranhão, ocorreu a Operação Sentença que prendeu 11 pessoas, mas uma pessoa ainda está foragida. A finalidade foi reprimir o crime previdenciário na capital maranhense. O superintendente regional da PF, Gustavo Ferraz, explicou que o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) faz um acompanhamento regular sobre a produtividade dos seus servidores e verificou que uma funcionária tinha uma produtividade muito alta.“Enquanto os outros concediam 100 benefícios por mês, ela concedia 300, bem acima da média dos demais. E também foi verificado que a grande maioria dos benefícios eram colocados com o comando de ordem judicial”, ressaltou Ferraz. O prejuízo aos cofres da União, segundo a PF, está estimado em aproximadamente R$ 3,3 milhões.O trabalho conjunto da Força-Tarefa Previdenciária no Maranhão (FTPrev/MA) envolveu cerca de 100 policiais federais, além dos servidores do Ministério da Previdência Social. A operação deu cumprimento também a 13 mandados de busca e apreensão. Já os documentos apreendidos serão analisados por técnicos da Previdência Social.A Polícia Federal também realizou a Operação Cristal Negro que fechou nove carvoarias que cometiam crimes ambientais em Cristalina, cidade do Goiás. Os proprietários produziam e vendiam carvão em vários lotes de um assentamento do Incra.Segundo a PF, a madeira utilizada para a produção do carvão era retirada de uma área de preservação ambiental permanente e até das margens dos rios da região. As carvoarias operavam sem autorização e há suspeita de abuso contra os direitos dos trabalhadores destes assentamentos. Até o momento, a PF não divulgou quantas pessoas foram presas.Os responsáveis pelos crimes ambientais responderão por corte de árvores em área de preservação permanente, venda e transporte ilegal de carvão e construção de obras potencialmente poluidoras.