Delegada admite a possibilidade de não se encontrarem mais corpos de vítimas do vôo 1907

16/10/2006 - 19h24

Juliana Andrade, Priscilla Mazenotti e Roberta Lopes
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - A diretora da Divisão de Comunicação da Polícia Civil do Distrito Federal, delegada Valéria Raquel Martirena, admitiu a possibilidade de que as equipes de busca no local do acidente com o Boeing 737-800 não consigam mais localizar o restante dos corpos das vítimas. Por isso, segundo ela, é importante iniciar um trabalho de identificação por meio dos fragmentos dos corpos, como foi o caso da confirmação de dois casos hoje (16).“Os fragmentos também estão sendo processados porque podem ser de corpos que ainda não foram identificados”, disse Martirena. “Pode ser que não se localizem mais os corpos, mas, se a gente conseguir comprovar que esses fragmentos são dos que faltam ser resgatados, temos como comprovar que essas pessoas estavam no momento do acidente e que possivelmente houve uma explosão e talvez a gente não consiga localizar os corpos, apenas os fragmentos.”O avião da Gol caiu no norte do Mato Grosso, quando fazia o vôo 1907, de Manaus ao Rio de Janeiro, com escala prevista em Brasília. Todos os 154 ocupantes do avião morreram no acidente. O Boeing caiu depois de colidir com um jato Legacy, que saíra de São José dos Campos (SP) com destino aos Estados Unidos. Nenhum dos passageiros do jato ficou ferido.