Sul-americanos conhecem muito pouco da cultura vizinha, diz secretário da Cultura

14/09/2006 - 19h30

Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A partir de hoje (14) à noite, pela primeira vez na história do Brasil, artistas brasileiros e sul-americanos ligados à cultura popular vão se encontrar para conhecer e trocar experiências entre si. Conforme destacou o gerente da Secretaria de Identidade e da Diversidade Cultural, do Ministério da Cultura, Américo José Cordula Teixeira, apesar de fazermos parte de um mesmo continente, conhecemos “muito pouco” sobre a cultura popular de nosso país e de nossos vizinhos. Daí a importância do 1º Encontro Sul Americano de Culturas Populares (ESACP), que vai até domingo (17), em Brasília.“Todo mundo, quando fala do Brasil, fala de samba e futebol, mas temos uma diversidade enorme que o brasileiro conhece pouco e, por conseguinte, os países da América do Sul muito menos. Da mesma forma, nós brasileiros não conhecemos quase  nada do que acontece nos demais países. Então, durante esse encontro, começaremos a fazer uma troca de experiência muito importante para saber o que acontece hoje nos demais países da América do Sul”, disse.A maioria dos brasileiros nunca teve acesso às tradições e manifestações artísticas de nossos vizinhos. Até então, o intercâmbio cultural mais difundido em nossa sociedade foi com a Europa e, mais recentemente, com os Estados Unidos. Ou seja, brasileiros às vezes têm mais acesso à programação cultural desses países do que a dos países latino-americanos.Na solenidade de abertura, que acontece às 19h30 no Teatro Funarte Plínio Marcos, participam o ministro da Cultura, Gilberto Gil; os presidentes da Fundação Nacional de Arte, Antônio Grassi; da Fundação Cultural Palmares, Ubiratan de Castro; e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Luiz Fernando de Almeida.Logo depois da seção de abertura haverá a apresentação da banda Chico Correa & Electronic Band e das Ceguinhas de Campina Grande. Este último grupo, formado por três irmãs cegas, receberam a comenda Ordem do Mérito Cultural em 2004, por conta da arte popular.