Conselho de Ética do Senado ouve Ney Suassuna na terça-feira

10/09/2006 - 18h07

Iolando Lourenço e Luciana Vasconcelos
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O Conselho de Ética do Senado ouve nesta terça-feira (12) o senador NeySuassuna (PMDB-PB), suspeito de participação no esquema de compra superfaturadade ambulâncias com recursos do Orçamento. O relator do processo no caso,senador Jefferson Peres (PDT-AM), informou que o parlamentar da Paraíba deveráser o último a prestar depoimento antes da conclusão do parecer.Suassuna é um dos três senadores acusados de envolvimento no esquema. Alémdele, estão sendo investigados Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta(PL-ES). Na última semana, o conselho começou a ouvir testemunhas sobre oscasos. Os primeiros a depor foram os sócios da empresa Planam, Darci e Luiz AntônioVedoin e Ronildo Medeiros. Também prestaram depoimento a ex-assessora do Ministérioda Saúde Maria da Penha Lino e Paulo Roberto Ribeiro, genro da senadora Serys,que teria recebido propina da empresa.Ainda na terça-feira, o conselho tem uma série de depoimentos marcados noprocesso de investigação contra Magno Malta, acusado de usar um carro cedidopelo deputado Lino Rossi (PP-MT). O veículo, segundo Rossi, teria sidoemprestado a ele pelo empresário Darci Vedoin.Para apurar o caso, o relator do processo, senador Demóstenes Torres(PFLGO), convidou o chefe de gabinete de Malta, Hazenclever Lopes Cançado, eJosé Luiz Cardoso, que seria o dono do carro emprestado. O conselho tambémmarcou para o mesmo dia uma acareação de Luiz Antônio Vedoin com Darci Vedoin,Paulo Roberto Ribeiro e Ivo Marcelo Spínola da Rosa, genro de Vedoin.Enquanto o Conselho de Ética do Senado já iniciou a tomada de depoimentos, oda Câmara continua no processo de notificação dos 67 deputados citados norelatório parcial da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas. Esta semana, foram sorteados os relatores dos casos.No entanto, somente em 4 de outubro, após as eleições, o colegiado volta a sereunir para discutir a agenda de trabalho. Depois de notificados, osparlamentares têm prazo de até cinco sessões do plenário da Câmara para apresentardefesa por escrito. Como o Congresso está em recesso até as eleições, o prazode defesa será mais longo que o usual, uma vez que não há sessões marcadas.