Adriana Franzin
Da Agência Brasil
Brasília - "O Brasil tem chances que outros países não têm. Alguns países estão chegando ao limite e nós estamos começando uma nova vida", disse há pouco o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso na solenidade em comemoração aos 50 anos da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em São Paulo.
Segundo o presidente, a indústria automobilística tem responsabilidade direta pelo que o Brasil é hoje, e é de ponta – não apenas pela geração de empregos ou pela produção, mas porque investe em tecnologia. "Já acabou o tempo em que nós recebíamos aqui projetos que já tinham dez anos de uso. Estávamos usando um carro defasado, achando que era novo, quando na verdade ele já tinha saído de moda na Europa", disse.
O presidente elogiou a Petrobras pela criação do H-Bio, um óleo vegetal que é misturado diretamente ao óleo diesel, e pelo biodiesel que, de acordo com ele, já gerou 100 mil empregos no campo. E disse já ter falado sobre combustíveis renováveis, por telefone, com a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, e os presidentes da França, Jacques Chirac, e dos Estados Unidos, George Bush. "Para todos eu falo cinco minutos dos problemas que nós temos e falo meia-hora do bio-diesel, do H-Bio e do etanol. Eu acho que nenhum país do mundo tem condições de competir com o Brasil", contou.
Lula ressaltou que será necessário algum tempo para convencer o mundo da capacidade brasileira de "plantar petróleo". E acrescentou: "A indústria automobilística, com essa capacidade tecnológica que tem, com a capacidade tecnológica da Petrobras, com a qualidade da terra do Brasil e com a qualidade do Sol, da chuva, e com a qualidade do trabalhador brasileiro, imagina no que nós podemos transformar esse país".