Brasília, 23/5/2006 (Agência Brasil - ABr) - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas está realizando acareação entre os advogados Maria Cristina de Souza Rachado e Sérgio Wesley Cunha, acusados de ter comprado a gravação em CD de audiência de delegados para repassarem a líderes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Depois de três negativas, Cunha admitiu ao deputado Alberto Fraga (PFL-DF) ter visitado o líder da facção Marcos Camacho, o Marcola, quando estava preso. E a advogada também informou que fez visita ao líder no dia do aniversário dele, acompanhada da mulher de Marcola. Cunha disse ter ido a pedido de um cliente, para verificar a integridade física do preso.
Na acareação, os dois advogados se contradisseram e fizeram acusações mútuas, mas insistiram que não pagaram pela gravação ao operador de áudio Arthur Vinicius Pilastre. Eles disseram que o operador teria mentido ao afirmar que recebeu R$ 200 pela cópia do CD.