Ministro dos Transportes nega que plano de recuperação de rodovias tenha caráter eleitoreiro

30/12/2005 - 17h00

Carolina Pimentel e Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, negou que o plano de recuperação emergencial de rodovias federais e estaduais, anunciado hoje (30) pelo governo federal, seja uma medida eleitoreira. "Não é coincidência, não. O mandato do presidente da República só se encerra em dezembro do ano que vem. Em ano de eleição também se trabalha", disse.

De acordo com o ministro, os investimentos para recuperação das estradas têm aumentado gradativamente desde 2003. Ele disse que o governo federal empenhou R$ 6 bilhões neste ano, quase o dobro do que foi investido em 2004 (R$ 3,5 bilhões). Em 2006, no mínimo R$ 7 bilhões deverão ser aplicados no setor, de acordo com Nascimento.

O plano emergencial vai melhorar a qualidade de rodovias em 25 unidades da federação (só não estão incluídos o Amapá e o Acre). Minas Gerais, que possui a maior malha viária do país, é o estado com o maior volume previsto de recursos: R$ 63,8 milhões. Em seguida, vêm o Rio de Janeiro, com R$ 43,6 milhões, e Goiás e Maranhão, que deverão receber R$ 24,8 milhões cada um. Tocantins terá direito à menor verba, R$ 870 mil.

A meta do governo federal é recuperar 26.441 quilômetros de estradas federais e estaduais em seis meses. Para isso, deverão ser investidos R$ 440 milhões. O início das obras está marcado para 9 de janeiro.