Mais de 15 mil famílias receberam assistência técnica rural no Paraná

28/12/2005 - 8h16

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil

Curitiba - Este ano, 15.408 famílias do Paraná que receberam lotes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, contaram com assistência técnica em vários projetos desenvolvidos nos acampamentos. Isso propiciou, segundo um dos gestores do Programa de Assessoria Técnica, Social e Ambiental (Ates), Ronilson Campos, melhor qualidade de vida e produção sustentável. Um total de 144 técnicos trabalham em 257 projetos de assentamento, orientando e ajudando os agricultores da reforma agrária no estado.

Ronilson disse que os resultados podem ser vistos no plantio da safra 2005/2006, com um número maior de projetos para financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com a mudança do método de plantio, que tem deixado a prática convencional de uso de venenos, e entrado na prática agroecológica.

"Mais renda para a família, trabalho comunitário, participação das mulheres na produção e na melhoria de vida. Assistência técnica para todos, orientação sobre o melhor aproveitamento da terra, recuperação do solo. Levantamento de problemas como falta de água e estradas, recuperação de rios e mais áreas verdes é o que temos percebido em todo o estado com as parcerias que o Incra tem desenvolvido", afirmou o representante do programa.

Os trabalhos são acompanhados por uma coordenação regional, formada por representantes do Incra, Banco do Brasil, Emater, Cooperativa Central da Reforma Agrária (CCA), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep), Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Universidade Federal do Paraná (UFPR). O programa está previsto até dezembro de 2007, com um repasse de R$ 375 por família, por ano.

Um dos objetivos dos cursos que são realizados nos assentamentos é agregar valor a produção local. As mulheres aprendem receitas como por exemplo a de tomate seco, molhos a base de tomate e picles em conserva e depois, além de produzir para o próprio consumo, as participantes, segundo o representante do ATES, já saem do curso fazendo planos para vender o que não for consumido, aproveitar as sobras e quase todas montam mini-fábricas que empregam toda a família.