Campanha de Desarmamento já recolheu mais de 300 mil armas, diz Thomaz Bastos

17/04/2005 - 13h44

Liésio Pereira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, alertou hoje, nesta capital, para a importância do desarmamento na busca por uma cultura de paz. Segundo o ministro, vários avanços já ocorreram e este ano terá um papel importante para o desarmamento no país, principalmente pelo referendo popular sobre a comercialização de armas de fogo.

"Temos, neste ano, um ano muito importante na luta pelo desarmamento. Já recolhemos 300 mil armas, pretendemos chegar até 500 mil até a metade do ano e temos um referendo: em outubro, o povo brasileiro vai dizer se proíbe a comercialização de armas e munições. Este será um outro passo importante daquilo que essa missa hoje simboliza na solenidade de sua liturgia. É uma cultura de paz no Brasil, é uma cultura em que se possa construir, em que se possa viver em um Brasil mais seguro", disse Thomaz Bastos.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Velloso, estabeleceu o final do mês de abril como prazo limite para que o Congresso Nacional conclua a votação e promulgação do decreto. Caso isso não ocorra, não haverá tempo hábil para o TSE disciplinar e realizar o referendo este ano.

Thomaz Bastos disse que está preocupado com a tramitação da matéria no Congresso Nacional e que é preciso mobilização da sociedade para a aprovação. "Tenho [preocupação]. Acredito que nós tenhamos que lutar muito, nos unir todos e nos darmos as mãos fazendo campanha política [pela aprovação]", afirmou.

O ministro participou do Ato Ecumênico pelo desarmamento na Catedral da Sé, centro da cidade, promovido pelos ministérios da Cultura e da Justiça. Estiveram presentes o ministro da Cultura, Gilberto Gil; o presidente do Senado, Renan Calheiros, além de diversas personalidades.

O ministro Márcio Thomaz Bastos afirmou que as presenças das lideranças políticas, sociais e religiosas na cerimônia comprovam o empenho pela aprovação do referendo. "Não existe eleição ganha por antecipação. Queremos que as pessoas votem pela proibição das armas. Nós precisamos lutar para isso, esclarecer e mostrar para toda a população como isso é importante para a segurança da população", acrescentou.