Prefeito de Nova Iguaçu quer Polícia Federal nas investigações da chacina

01/04/2005 - 11h52

Jorge Eduardo Machado
Repórter da Agência Brasil

Rio - Vinte e oito dos 29 corpos da chacina de Nova Iguaçu e Queimados, municípios da Baixada Fluminense, estão no Instituto Médico Legal (IML) de Nova Iguaçu. O prefeito da cidade, Lindbergh Farias, disse a familiares das vítimas, durante visita ao IML, que a prefeitura vai assumir os custos do funeral coletivo e cobrou a instalação de uma força tarefa para investigar a chacina. Farias afirmou que a presença de agentes federais nas investigações é importante para garantir uma apuração isenta.

O diretor da Polícia Técnica da Secretaria de Segurança, Roger Ancilloti, também esteve no IML para acompanhar o trabalho dos peritos. Ele informou que ainda não é possível determinar os tipos de calibre das armas usadas pelos criminosos. O secretário Marcelo Itagiba vai conceder ainda hoje uma entrevista.

As execuções começaram no meio da noite desta quinta-feira (31) e seguiram pela madrugada de hoje, quando dois gols - um prata e outro cinza - com quatro homens atiravam indiscriminadamente contra as pessoas pelas ruas de Queimados e Nova Iguaçu. A ação deixou em pânico os moradores dos bairros por onde o carro passava.

A primeira chacina ocorreu no bairro da Posse, em Nova Iguaçu. Os desconhecidos dispararam contra várias pessoas que estavam em um bar da Rua Gama, atingindo crianças e adolescentes e deixando nove mortos. Depois, os veículos se dirigiram para o município de Queimados e os bandidos atiravam contra as pessoas pelo caminho. Em Queimados, as execuções continuaram. Foram encontrados corpos em várias ruas do município.