Rio, 1/4/2005 (Agência Brasil - ABr) - O Brasil ajudará outros países da América Latina e Caribe a cumprirem as metas para o tratamento de HIV/Aids, necessárias à manutenção dos recursos do Fundo Global. Muitos desses países correm o risco de não ter seus acordos renovados por não apresentarem resultados significativos no combate e prevenção da doença.
A informação é do diretor do programa brasileiro de combate a DST/Aids, Pedro Chequer, que participou nesta sexta-feira da reunião com representantes de 13 países que recebem recursos do Fundo Global de Luta contra a Aids, Tuberculose e Malária. Da reunião participaram delegados da Argentina, Bolívia, Chile, Costa Rica, Colômbia, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Peru, República Dominicana.
O plano de emergência, segundo Pedro Chequer, será viabilizado em no máximo dois meses e terá como pólo o Centro de Internacional Cooperação Técnica, sediado em Brasília. Entre as medidas está o levantamento e mobilização de organizações não-governamentais (ONGs) desses 13 países, que serão capacitadas para atuar na área de HIV/Aids. Ao contrário do Brasil, lembrou, muitos desses países não têm experiência no trabalho com ONGs nessa área.
Para o representante do Programa das Nações Unidas para HIV/Aids (Unaids), Raul Boyle, a ampliação da ajuda brasileira é importante, além do desenvolvimento de mecanismos para que os 13 países possam cooperar entre si. "O Brasil já tem acordos com vários países, especialmente com Paraguai e Bolívia, de um modo geral, e com a República Dominicana, na prevenção de Aids de mãe para filho", explicou.
O Fundo Global é uma parceria entre governos e fundações internacionais, para captar recursos e financiar projetos para a prevenção e tratamento de Aids, Tuberculose e Malária. O Brasil, que não recebe recursos do fundo, sediou o encontro na condição de secretaria do Grupo de Cooperação Técnica Horizontal em HIV/Aids (GCTH).