Christiane Peres
Da Agência Brasil
Brasília – Após o depoimento do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura (Bida) nesta quinta-feira (31) à Justiça Federal do Pará, o juiz Lucas do Carmo, responsável pelo processo, deu três dias para os advogados de Bida apresentarem defesa prévia e manifestarem interesse de reinquirir os demais envolvidos no assassinato da missionária Dorothy Stang – morta com seis tiros no dia 12 de fevereiro em Anapu (PA).
Vitalmiro estava foragido há 42 dias e se entregou à Polícia Federal no último domingo (27), após negociar com a comissão externa do Senado criada para acompanhar o caso. De acordo com o juiz Lucas do Carmo, o novo depoimento do fazendeiro "ajudou apenas em alguns detalhes".
Segundo o relator da comissão, senador Demóstenes Torres (PFL-GO), após o primeiro depoimento de Bida à PF, no domingo, a possibilidade de existir um consórcio para financiar o assassinato da religiosa ficou mais "evidente". "Agora, há fortes indícios de que existe realmente um consórcio nesse crime. Mas as investigações têm que continuar", afirmou.
Conforme o juiz Lucas do Carmo, o próximo passo é ouvir as testemunhas. "Após os três dias, vamos designar audiências para ouvir as testemunhas de acusação e de defesa, se houver."