Rio, 31/3/2005 (Agência Brasil - ABr) - O Instituto Nacional do Câncer (Inca) vai ganhar, no ano que vem, uma unidade de transplante de medula óssea pediátrica para crianças até 12 anos. A unidade terá três leitos, com capacidade para realizar dois transplantes por mês, além da retirada de tumores sólidos, como neuroblastomas, e tratamento de doenças hereditárias, como anemia falciforme e talassemia.

O convênio para construção da unidade foi assinado hoje, na sede do Inca, com o grupo internacional Arcelor, que doou R$ 320 mil. De acordo com o diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea do Inca, Luís Fernando Bouzas, as obras da unidade deverão começar em julho e ser concluídas no final deste ano.

Luís Fernando Bouzas disse que a unidade de transplantes será muito importante para as crianças de até 12 anos, que representam cerca de 20% dos pacientes tratados pelo Inca. "No Brasil, existe carência de leitos para crianças, que necessitam de um ambiente específico, com apoio psicológico, acompanhamento da mãe e recreação, por exemplo. Nessa unidade, nós pensamos em tudo isso".

Ele informou que também está sendo negociada com o grupo Arcelor a aquisição de uma máquina de automação de exames HLA (antígenos de histocompatibilidade leucocitária), que permite o encontro de doadores compatíveis. Segundo Bouzas, a máquina possibilitaria quadruplicar o número desses exames realizados pelo Inca, que hoje estão na média de 600 por mês.