Palocci diz que está mantido compromisso de não elevar carga tributária

28/03/2005 - 22h06

Brasília, 28/3/2005 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse que o governo vai perseguir o compromisso de não elevar a carga tributária acima do nível de 2002, além de manter um superávit primário de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2005. Em entrevista coletiva, o ministro comentou que a decisão de não renovar o acordo firmado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) "não significa abandonar a afenda de reformas microeconômicas e de medidas fiscais de controle da inflação e de estímulo ao comércio exterior".

Palocci lembrou que "no final do ano passado foram tomadas 21 medidas importantes na área de bens de capital, da poupança de longo prazo, desoneração de produtos da cesta básica, com o fim de reduzir a carga tributária".

E argumentou que os indicadores "são os melhores dos últimos 20 anos e tivemos o melhor crescimento econômico dos últimos 10 anos, além de a produção industrial, em 2004, ter sido a maior dos últimos 18 anos". A política do Brasil, acrescentou, é prosseguir na trajetória de queda da dívida pública, como vem acontecendo nos últimos meses, com aumento da poupança do governo e implementação de medidas sociais e estruturais.

Segundo o ministro, o Brasil vai perseguir o crescimento sustentado com a evolução positiva das empresas e equilíbrio das contas externas. "A valorização do trabalhador e o aumento de renda das famílias são também uma prioridade".

Palocci esclareceu ainda que o projeto piloto para investimentos em infra-estrutura não é vinculado a eventuais acordos com o FMI: "Temos defendido que projetos assim podem dar aos países um fortalecimento do equilíbrio fiscal a médio e longo prazos."