Programa Raízes do Brasil mostra na França diversidade da cultura indígena

20/03/2005 - 15h49

Lílian de Macedo
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Nesta segunda-feira, o Ano do Brasil na França levará a Paris o programa Raízes do Brasil, uma série de exposições que mostram a diversidade e a arte dos povos indígenas. A informação foi dada pelo secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura, Márcio Meire, em entrevista à Rádio Nacional AM. "Eles têm uma arte maravilhosa e estarão presentes na abertura do ano do Brasil na França com suas belezas e seus produtos artísticos", conta.

Segundo Meire, a arte brasileira também estará presente no evento, que começou este mês e vai até dezembro. "Teremos artistas contemporâneos e modernistas, como Cícero Dias, Iberê Camargo, Adriana Varejão e outros", assegura. Em maio, haverá em Paris uma exposição sobre projetos alternativos de desenvolvimento ambiental criados por brasileiros. "São soluções e caminhos que permitem a sustentabilidade econômica e social das populações que vivem na Amazônia", relata.

A participação africana na formação do Brasil também estará será mostrada. "Teremos exposições sobre a grande força de todos aqueles que vieram da África para o Brasil e que representam uma parte significativa das raízes culturais brasileiras". A variada culinária do país merecerá destaque durante os nove meses da exposição. "Comidas típicas da Bahia, Minas e Gerais e Pará serão levadas para a França", afirma.

Márcio Meire destaca a importância de divulgar a cultura brasileira na França. "A França é um país que recebe anualmente cerca de 70 milhões de turistas, gente do mundo inteiro que pode conhecer melhor o nosso país", acentua. Para ele, outro aspecto importante do evento é o efeito econômico. "Isso ajuda também a divulgar os produtos brasileiros, nossa criatividade, nossa capacidade tecnológica de exportação de produtos", afirma. Segundo ele, neste ano a França já está importando do Brasil mais do que importou nos anos anteriores.

Para o secretário, a política governamental acabou se tornando também um "produto de exportação". Segundo ele, a atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva inovou nesse aspecto. "Por exemplo, Lula está colocando na pauta mundial a questão do combate à fome, bem como a necessidade de criação de um fundo mundial de combate à fome e à pobreza. E a França tem sido um país parceiro do Brasil nesses temas", acredita.