Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência

Rio - O ministro da Saúde, Humberto Costa, recebe na Base Aérea do Galeão, no início da tarde desta segunda-feira, um carregamento de 16 toneladas de remédios, remetido pelo ministério para o abastecimento emergencial dos seis hospitais que estão sob intervenção federal no município.

Em seguida, Costa participa de uma reunião de trabalho com representantes da Secretaria Estadual de Saúde e integrantes da Força-Tarefa do Ministério montada para investigar a situação do Sistema de Saúde do município, sob intervenção desde a última sexta-feira. A informação é do secretário Nacional de Atenção à Saúde, Jorge Solla.

Durante a reunião, será delineado o projeto que viabilizará a montagem da Central de Internação Hospitalar do município. De acordo com Solla, o Rio até hoje não tem uma Central de Internação Hospitalar. "Alias, não tinha uma central de vagas, controle sobre os leitos, sequer tinha gestão municipal. Neste final de semana é que nós começamos pela primeira vez a fazer operação de troca de vagas entre os hospitais', afirmou.. Segundo ele, a Central de Internação Hospitalar vai funcionar sob a gestão da Secretaria de Saúde do estado, com o apoio do Ministério da Saúde.

Solla informou que os auditores presentes no Rio ingressam ainda hoje na Justiça requisitando as 17 ambulâncias encaminhadas à capital para a montagem do Serviço de Atendimento Móvel à Distância (Samu), mas que encontram há vários meses guardadas em um depósito da Prefeitura, no Maracanã.

"A implantação do Samu também é uma prioridade nossa. Diante da recusa da Prefeitura em implantar o sistema, o próprio ministério vai fazê-lo", afirmou. Segundop ele, hoje mesmo será feita a divisão de trabalho, com o apoio da Secretária Estadual de Saúde. Uma parte da cidade vai ficar sob a responsabilidade do estado e outra, do ministério. "Vamos trabalhar integrados com os bombeiros e, em poucos dias, já teremos um salto de qualidade na assistência e urgência médica no município", garantiu o secretário.