São Paulo, 13/1/2005 (Agência Brasil - ABr) - O presidente da Bulgária, Georgi Parvanov, acompanhado de uma comitiva formada por empresários, parlamentares e autoridades, visitou à tarde a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e disse acreditar na ampliação do intercâmbio comercial entre os dois países. Segundo ele, os empresários brasileiros e búlgaros já perceberam as oportunidades de intercâmbio comercial entre os dois países.
Durante a visita, foi exibido um vídeo sobre a evolução da indústria paulista desde o início do século passado, sugerindo que investir na indústria é investir no Brasil. Segundo o vídeo, 43% do Produto Interno Bruto (PIB) no país vêm de São Paulo.
Aos empresários paulistas, Parvanov informou que muito do Brasil será divulgado em seu país, por conta dos veículos de comunicação que registram a visita. E disse estar impressionado com o que vem conhecendo. Ressaltou que na Bulgária não existe "qualquer divisão" entre empresários nacionais e estrangeiros. E todos os que quiserem investir no país terão "nosso apoio". Parvanov acrescentou que a Bulgária "é um exemplo de estabilidade econômica, política e social".
O presidente búlgaro lembrou que seu país já trabalha de acordo com as regras estabelecidas pela União Européia. E que a partir de janeiro de 2007 fará parte do bloco. Com uma população de cerca de 8 milhões de pessoas, a Bulgária, segundo ele, pode se constituir em uma porta de entrada na Europa para os empresários brasileiros.
A vice-primeira ministra e ministra da Economia, Lydia Shouleva, apresentou no encontro vários números de seu país, mostrando que a Bulgária tem uma economia em expansão e equilibrada. De acordo com ela, o crescimento médio do PIB nos últimos anos é de 4,5%, mas em 2004 chegou a 5,5%, com uma inflação de 2,7% até novembro e taxa de desemprego de 11,8%.
Sobre as exportações, ela informou que cerca de 60% vão para a União Européia, com um movimento total de 8 bilhões de Euros. E disse que as possibilidades entre os dois países são grandes em especial no setor energético, no agronegócio, na indústria de transformação e no turismo.
Depois de expor números da economia brasileira, o diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, Roberto Giannetti da Fonseca, disse que a alta taxa de juros e a baixa taxa de investimento doméstico são problemas que o Brasil precisa enfrentar internamente. Quanto ao desempenho externo, destacou o saldo da balança comercial, "que devolve à economia brasileira uma enorme credibilidade no mercado internacional".
Gianetti da Fonseca lembrou que a relação comercial com a Bulgária "ainda é bastante modesta", mas está evoluindo nos últimos dois anos. Em 2004, o volume das exportações brasileiras para aquele país gerou um saldo favorável ao Brasil de cerca de US$ 91 milhões.