Rio, 13/1/2005 (Agência Brasil - ABr) - O Ministério Público entrou com 20 ações civis públicas contra Waldomiro Diniz – ex-presidente da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj) e ex-assessor do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu –, empresas que exploram bingos e a própria Loterj. As ações foram baseadas em um relatório de auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio, que constatou irregularidades na concessão de autorizações para o funcionamento das casas de bingo e na fiscalização desses negócios.

As 20 ações são por ato de improbidade administrativa tanto da Loterj quanto de seus ex-presidentes Daniel Homem de Carvalho e Luiz Rogério Ogbeni Vargas, além de Diniz. Outros alvos do Ministério Público são 11 federações esportivas e 32 empresas exploradoras de bingos.

O TCE constatou que várias casas de bingo funcionavam irregularmente sem que a Loterj tomasse qualquer providência. A Loterj também concedeu licenças para empresas que não preenchiam os pré-requisitos para funcionamento como casas de bingo. Segundo o Tribunal, as irregularidades ocorreram principalmente durante a gestão de Waldomiro Diniz na presidência da Loterj, entre fevereiro de 2001 e dezembro de 2002.