Aloisio Milani e Christiane Peres
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O comunicado conjunto dos presidentes durante a Cúpula do Mercosul, realizada nesta sexta-feira, em Ouro Preto, reafirma a disposição das nações em ajudar na estabilização da crise política do Haiti. O país vive uma situação de tensão desde a queda do presidente Jean Bertrand Aristide, em fevereiro deste ano.
A missão de paz da ONU, autorizada pelo Conselho de Segurança, possui representantes de todos os Estados fundadores do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), além do Chile, que é membro-associado do bloco.
No documento, os países "reiteram sua solidariedade ao povo haitiano e se comprometem a seguir contribuindo para a estabilização política, a reconciliação nacional, a construção de instituições democráticas e o desenvolvimento econômico e social do Haiti. Ao mesmo tempo, destacam a participação dos Estados Partes e Estados Associados na Minustah e nos esforços de reconstrução do Haiti".
Os presidentes pedem apoio da comunidade internacional para garantir que o contingente policial e militar aprovado para a Minustah chegue até o país. O efetivo da polícia civil internacional ainda está incompleto. Já a força militar da ONU só teve quase todo seu efetivo após seis meses de missão.
A declaração conjunta também quer apoio para desburocratizar a liberação dos recursos prometidos pela Conferência Internacional de Doadores ao Haiti, realizada em julho, em Washington. Na época, diversos países e organizações internacionais se comprometeram em conceder mais de US$ 1 bilhão para a sua reconstrução.
Em 2005 estão previstas eleições gerais para o país, embora não exista uma lista confiável de eleitores. Dados da ONU mostram que metade da população não possui carteira de identidade.
"Expressam, do mesmo modo, seu apoio aos esforços conjuntos das Nações Unidas e da Organização dos Estados Americanos para a assistência eleitoral", conclui o texto.