Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio - Com a morte de Celso Furtado o Brasil perde mais um nacionalista, mais um dos últimos grandes homens da segunda metade do século. A opinião é do escritor, poeta e jornalista Antonio Olinto, ocupante da cadeira de número 8 da Academia Brasileira de Letras (ABL) e que se encontra, neste momento, na sede da entidade, no centro do Rio, onde o corpo do economista está sendo velado.
Para Olinto, Celso Furtado era um homem de pensamento e idéias lúcidas e nítidas, e fiel às suas convicções e tendências pró-Brasil.
"Lembro-me uma vez em que, ao perguntar sobre o exterior e a sua relação com as pessoas que lá fora não gostavam do Brasil, ele respondeu: quem não gosta do Brasil não está na minha agenda. Não faz parte do meu rol de amizades", disse Olinto.
O acadêmico aproveitou para exaltar a luta de Celso Furtado em favor de um Brasil melhor, de um país que encontrasse o seu destino. "Ele lutou a vida inteira para que o Brasil se tornasse um país melhor. Que finalmente encontrasse o seu destino. Não há dúvidas de que Celso fará muita falta ao país neste momento em que entramos em um novo século. Perdemos um dos últimos grandes homens da segunda metade do século e hoje o país já não conta com muitos homens assim", afirmou Antônio Olinto