Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil

Brasília - No discurso feito há pouco, em jantar oferecido ao presidente sul-coreano, Roh Moo-Hyun, no Palácio do Itamaraty, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou a intenção brasileira de ter neste país um parceiro estratégico na Ásia. No discurso, Lula disse que "o Brasil está preparado para a retomada do desenvolvimento" detacando que o comércio entre os dois países, em 2004, chegará a US$ 3 bilhões.

Lula disse que o Brasil apóia a entrada da Coréia no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Ressaltou, ainda, a necessidade de se encontrar uma solução negociada para a península coreana como parte de uma solução para a paz mundial. Neste sentido, o presidente brasileiro destacou a necessidade de uma reforma das Nações Unidas que possibilite aos países emergentes ter voz ativa na organização.

A integração regional, acrescentou Lula, é o caminho para se encontrar soluções para o desenvolvimento sustentado. "O Mercosul é a pedra de toque da Comunidade Sul-americana de Nações que pretendemos construir, junto com os países andinos e amazônicos", disse o presidente. Neste sentido, destacou que o Mercosul pode ser fator de aprofundamento das relações comerciais entre a América do Sul e a Ásia.

Em agradecimento ao brinde proposto por Lula, o presidente da Coréia do Sul destacou a iniciativa do presidente brasileiro de propor a criação de um Fundo Mundial de Combate à Pobreza e à Fome. Segundo Roh Moo-Hyun, a iniciativa "tem atraído atenção em mais de 100 países". Acrescentou que Lula tornou-se "um exemplo a ser seguido" através da implementação do Programa Fome Zero e da fomação da Aliança Global que possibilita aos países em
desenvolvimento receberem o apoio do alívio da dívida externa".