Alessandra Bastos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - À frente da Organização das Nações Unidas (ONU) desde 1997, Kofi Annan é o sétimo secretário-geral da instituição e o primeiro eleito entre os funcionários. Para ele, são prioridades revitalizar a ONU, reforçar o trabalho para o desenvolvimento da paz e da segurança internacionais e incentivar os direitos humanos e os valores da igualdade e da dignidade humanas. Outra meta é estabelecer a confiança da opinião pública na organização para conquistar novos parceiros.
A expansão mundial da idéia de responsabilidade social empresarial, hoje adotada em vários países, é creditada a Annan, que lançou o Global Compact, um pacto global entre líderes empresariais, organizações e sociedade civil. A proposta de Annan foi permitir que todos partilhem os benefícios da globalização, além de enraizar no mercado global valores e práticas que satisfaçam satisfazer as necessidades socioeconômicas.
Criado em 2000, o Global Compact reúne cerca de 1,4 mil companhias de todo mundo, além de governos, organizações não-governamentais (ONGs) e outras entidades da sociedade civil. Dessas companhias, 217 são brasileiras. O programa recebe a adesão de empresas que se comprometam a cumprir os princípios destinados a promover o crescimento sustentável de comunidades em todo o mundo.
Kofi Annan começou a trabalhar para as Nações Unidas em 1962. Em 1990, com a invasão do Kuwait pelo Iraque, ele foi encarregado de facilitar o repatriamento de mais de 900 funcionários internacionais e a libertação de reféns ocidentais no Iraque. Em seguida, Annan dirigiu a primeira equipe da ONU encarregada de negociar com o Iraque a venda de petróleo destinada a financiar compras para ajuda humanitária.