Marina Domingos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Integrantes da Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecos), do Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social - e do Centro de Mídia Independente (CMI) organizaram hoje à tarde um ato público na Torre de TV, em Brasília, com a transmissão de um programa de rádio com a participação do público em geral.
O ato foi realizado em comemoração ao Dia Internacional de Democratização da Mídia e teve o objetivo de chamar a atenção das pessoas para a qualidade dos programas e informações veiculados nos meios de comunicação.
"A qualidade da programação da TV é péssima, muitas mulheres nuas e pouco incentivo ao esporte", protestou o faxineiro Gilberto da Silva, durante sua participação no Programa Diálogo Brasil, que transmitiu ao vivo participações do público na Torre de TV.
Para o faxineiro, as emissoras deveriam ter mais respeito com as pessoas que estão assistindo os programas do outro lado da tela, respeitando inclusive a possível presença de crianças.
"Eu me revolto com as novelas e parei de assistir, agora só vejo os telejornais", revelou ele.
Já a artesã Ângela Oliveira, ressaltou que primeiro é preciso saber o que é qualidade para depois discutir o que deve ser permitido na programação.
"Criou-se uma programação que incita as crianças ao consumismo", analisa. Segundo ela, não irá fazer mal as pessoas desligarem os aparelhos de tv num dia de mobilização contra a má qualidade dos programas de televisão.
"Se desligar um segundo e esquecer a novela, os jornais, as pessoas podem conversar com sua família, pensar em outras coisas", refletiu ela.
A campanha "Quem financia a baixaria é contra a cidadania", encabeçada pelo deputado federal Orlando Fantazzini (PT-SP), propõe que os telespectadores desliguem a TV por um hora neste domingo em um protesto simbólico contra a baixaria na televisão.