Brasília, 2/8/2004 (Agência Brasil - ABr) - O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) foi hoje ao Ministério da Fazenda conversar com o ministro Antonio Palocci sobre o convite para que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, compareça à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para prestar esclarecimentos de denúncias de sonegação fiscal publicadas pela revista IstoÉ na semana passada. Suplicy defende que o presidente do Banco Central compareça espontaneamente à Comissão, ainda esta semana, para prestar esclarecimento aos senadores.
"Todos acham que seria interessante o presidente Meirelles tomar a iniciativa de falar com os senadores. Até porque a Comissão é que examina as novas indicações para a diretoria do Banco Central", disse.
Para Suplicy, o depoimento de Meirelles deve ocorrer antes do dia 10, quando será realizada a sabatina do economista Rodrigo Telles, indicado pelo ministro Palocci para substituir Luiz Augusto Candiota na diretoria de Política Monetária do Banco Central. Candiota pediu demissão do cargo depois das denúncias publicadas pela revista IstoÉ.
O senador disse que a ida de Meirelles à Comissão é unicamente para prestar os esclarecimentos necessários sobre as denúncias, e não um gesto de confronto ou desconfiança por parte do Senado. "Se havia uma preocupação e resistência sobre o clima de sua ida ao Senado, haverá posição de respeito, e o gesto será considerado positivo pelos senadores", garantiu Suplicy.
O presidente do Banco Central ainda não confirmou se pretende comparecer à CAE. O senador Eduardo Suplicy adiantou, apenas, que o ministro Antonio Palocci se comprometeu a entrar em contato com Henrique Meirelles para conversar sobre a sua possível ida à Comissão. "O ministro ia sugerir para ele (Meirelles) negociar diretamente com o senador Ramez Tebet (presidente da CAE)", revelou Suplicy.