Brasília – Com o apoio dos técnicos norte-americanos, foram elaborados os seguintes planos: Plano Qüinqüenal de Obras e Reaparelhamento da Defesa Nacional (1942-1943), Missão Cooke (1942-1943), Plano de Obras (1943), Plano Salte (1951), missão Abbink (1951-1953). Como resultado dessa cooperação técnica, foram analisados diversos "pontos de estrangulamento" da economia brasileira, sobretudo na área de infra-estrutura. A criação da Companhia Siderúrgica Nacional, da Petrobrás e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) foram algumas das respostas às deficiências estruturais diagnosticadas pelos planejamentos.
O Plano de Metas de JK
Na década de 50, o Plano de Metas de Juscelino Kubitschek (1956-1960) se constituiu em um notável avanço na coordenação das ações do Estado e no estímulo aos setores da economia, principalmente na área industrial. O plano deu grande ênfase aos investimentos na indústria de base e na infra-estrutura, com a expansão da rede rodoviária para interiorização do processo de desenvolvimento. Durante a vigência do Plano de Metas, o país viveu com taxas de crescimento superiores a 7% ao ano, mas entre as heranças menos desejadas está o surgimento de um surto inflacionário que persistiria nas décadas seguintes.
O Plano Trienal e as reformas de base
No final de 1962, a equipe liderada pelo economista Celso Furtado elaborou em menos de três meses o Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social para subsidiar o governo do presidente João Goulart. As crises vividas pelo governo Jango - tanto no plano econômico, com a inflação alta, quanto no plano político institucional - impediram que se consolidassem todos os objetivos traçados. Foram feitas nesse período as chamadas "reformas de base" (reformas administrativa, bancária, fiscal e agrária), além do reescalonamento da dívida externa herdada dos governos anteriores e agravada pela conjuntura internacional.
(Com informações do Núcleo de Pesquisa da Agência Brasil)