Brasília, 2/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - A Polícia Federal apresentou nesta quarta-feira balanço dos trabalhos da Operação Mamoré, uma força-tarefa de 23 órgãos públicos em Rondônia com o objetivo de restaurar a governabilidade no estado. A operação começou no dia 15 de maio.
O patrulhamento fluvial, nos rios Mamoré, Guaporé e Abunã, já vistoriou 1.297 embarcações, e o o rodoviário, 3 mil veículos. A Polícia Federal realizou 11 flagrantes de entrada irregular de dinheiro no país, e 50 de crime ambiental. Foram efetuadas seis prisões e oito veículos foram apreendidos.
Os trabalhos de inteligência anteriores à deflagração da Operação Mamoré haviam indicado que os rios são um dos meios mais utilizados pelas quadrilhas do crime organizado para a circulação de drogas e armas. Os rios Abunã, Mamoré e Guaporé são utilizados para a entrada de dinheiro no país, vindo da Bolívia. De acordo com a Polícia Federal é quase diária a apreensão de reais e dólares não declarados à Receita Federal.
A Operação Mamoré, iniciada em 15 de maio, consiste em uma intensa fiscalização no estado. Postos de fiscalização fluviais e terrestres estão instalados em pontos chave do estado, a fim de prevenir e reprimir o contrabando de armas, o tráfico de drogas, a evasão de divisas, tráfico de animais silvestres, entre outros.
Além disso, a operação visa prender as quadrilhas que agem no estado, por meio de investigação integrada com diversos órgãos compondo a Força Tarefa, entre eles Abin, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal e polícias locais.
A Polícia Federal apontou três suspeitos do assassinato do índio Moisés Cinta-larga. Eles foram encontrados, menos de cinco dias depois do assassinato (18/05), de posse das armas e da moto utilizada no crime. Os suspeitos estão detidos.
As informações são da Polícia Federal.