Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A aplicação de penas alternativas foi defendida por Clayton Nunes, diretor do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça durante programa Diálogo Brasil transmitido pela TV Nacional. Segundo ele, só a criação de vagas não é a solução.
"As penas alternativas não tiram a liberdade do condenado e são aplicadas a réus primários, que cometeram crimes de menor potencial ofensivo, sem intenção de dano, e com condenações de até quatro anos. Geralmente essas penas constituem em prestação de serviços à comunidade ou pagamento de multa. É um direito do réu. Achamos que é o melhor caminho", afirmou.
Nunes disse que hoje a população carcerária cresce 30 mil por ano. Para o secretário de Administração Penitenciária de São Paulo, Nagashi Furokawa, que participou pela TV Cultura," é impossível seguir ritmo de construção para atender a demanda. Enquanto não se encontrar um caminho de equilíbrio de entrada e saída será difícil administrar", afirmou Furokawa.
O professor Roberto Aguiar, ex-secretário de segurança do Rio de Janeiro e Distrito Federal, considera que as penas privativas de liberdade não recuperam ninguém. "Pagamos um valor altíssimo para piorar pessoas", disse. Aguiar defendeu a construção de prisões menores e a realização de cursos profissionalizantes.