Guatemala apoia assento permanete do Brasil no Conselho de Segurança da ONU

23/04/2004 - 20h26

Nádia Faggiani
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e os chanceleres dos países que formam o Sistema de Integração Latino-Americano (SICA) assinaram hoje, na Guatemala, um documento em que concordam com a necessidade de reformar e fortalecer o Sistema das Nações Unidas (ONU), em particular, o Conselho de Segurança, para assegurar maior representação dos países em desenvolvimento no Conselho. Brasil e países da América Central manifestaram interesse em ver ampliado o número de membros permanentes e não-permanentes do órgão.

Em comunicado conjunto com o Brasil, a Guatemala reconheceu a legítima aspiração histórica e as credenciais do Brasil para eventualmente ocupar assento permanente no Conselho, assim como reconheceu a legítima aspiração do governo da Guatemala de ser, pela primeira vez, membro não-permanente do Conselho de Segurança.

O SICA é integrada pelos países da América Central - El Salvador, Honduras, Nicarágua, Guatemala, Costa Rica, Panamá – e Belize. A República Dominicana e o México participam como observadores do bloco. O Mercosul é formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Bolívia, Chile e Peru são membros associados do Mercosul.

Brasil e países que compõem o SICA divulgaram documento em que reafirmaram o compromisso de seus governos em estreitar os laços de cooperação nas áreas econômica, científico-tecnológica, educativa e cultural, e se empenharem em intensificar seus mecanismos de integração.

Ficou acordada a realização de reuniões uma vez a cada dois anos, uma delas no Brasil e outra em um dos países membros do Sistema de Integração da América Central, alternadamente. No próximo mês, os chefes de Estado e de governo das Américas participam da III Cúpula da América Latina e Caribe com a União Européia, que acontecerá no México.

O governo brasileiro manifestou seu apoio às aspirações da América Central para alcançar um Acordo de Associação com a União Européia que inclua um Tratado de Livre Comércio, como passo seguinte à assinatura do Acordo de Diálogo Político e Cooperação entre a União Européia e América Central. Todos os países manifestaram confiança em alcançar resultados satisfatórios na rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Em julho deste ano, os chefes de Estado e de governo das Américas se encontrarão em Manágua, Nicarágua, para participarem da I Reunião dos Estados Parte da Convenção Interamericana contra a Corrupção.