Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A rebelião na Casa de Detenção José Mário Alves, conhecida como Urso Branco, em Porto Velho (RO) acabou. Alguns presos estão sendo transferidos. O diretor do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça, Clayton Nunes acompanhou as negociações entre rebelados e polícia.

O motim começou na última sexta-feira com o assassinato de dois detentos. Do telhado da prisão, os amotinados lançaram os corpos e exibiram uma cabeça decapitada. Pelo menos, nove presos morreram. A Casa de Detenção abriga 1300 presos, mas tem capacidade para apenas 350.

As más condições do presídio Urso Branco já renderam um processo contra o Brasil junto à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos (OEA). Em janeiro de 2002, um erro na redistribuição de presos nas celas resultou na morte de 27 detentos. Além disso, outros dez assassinatos isolados foram registrados após o massacre dentro do presídio.