Marina Domingos
Repórter da Agência Brasil
Olinda (PE) - A presidente da Pastoral da Criança, Zilda Arns, disse hoje, durante a abertura da II Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), que não basta executar políticas para matar a fome do povo brasileiro, mas que é preciso educar a população para permitir melhoras na condição de vidas das pessoas. "Cartão-família é uma necessidade, mas deve ser acompanhado por políticas estruturantes como, por exemplo, a agricultura familiar, hortas domiciliares e educação", ressaltou.
A Pastoral da Criança atende 1,7 milhão de crianças e 80 mil gestantes em todo o país com educação alimentar e nutricional.
Zilda Arns lembrou que é importante não só dar o peixe, mas ensinar a pescar. "Nós acreditamos mais na educação das famílias, numa política que leve a promoção de tal forma que ela possa ganhar com o seu suor o pão de cada dia e não uma proposta paternalista", disse.
Para a presidente da Pastoral, a indicação de Patrus Ananias para o Ministério do Desenvolvimento Social e a unificação dos programas sociais do governo foram recebidos como um bom sinal.
"Foi uma boa indicação. Mas espero que ele avance bastante, principalmente que saiba articular, porque erradicar a fome é traduzir a articulação necessária entre os diversos ministérios, estados, municípios e diferentes setores", afirmou.