Dilma Rousseff diz que ainda não é hora de comemorar aprovação das MP's

29/01/2004 - 19h49

Brasília, 29/1/2004 (Agência Brasil - ABr) - A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, classificou como "produtivo e interessante", a aprovação pela Câmara dos Deutados, das Medidas Provisórias que definem o novo modelo do setor energético no país. Disse no entanto que ainda não é hora de comemorar. "Comemorar ninguém pode comemorar porque ainda não passou pelo Senado", disse a ministra.

Dilma Rousseff elogiou as emendas apresentadas pelos deputados por entender que aperfeiçoaram o modelo, como as regras de transição para o novo modelo. Dilma Rousseff acredita que o modelo não sofrerá grandes mudanças no Senado.

Quanto às críticas das associações do setor ao novo modelo, a ministra acredita que a manifestação está ligada "ao temor dos agentes de terem interesses contrariados".

"Nós estamos estranhando este tipo de manifestação. Para alguém dizer que o modelo não vai atrair investimentos e colocar num nível de risco dessa magnitude, a fundamentação tem que ser muito clara e consistente, caso contrário tem-se um nível de leviandade muito grande. Quero crer que de fato é por temor de ter algum interesse contrariado".

Segundo Dilma Rousseff, o grande problema do setor elétrico é o interesse específico. "Quando você define com clareza alguma conformação, alguém está sendo contrariado. Os interesses não são iguais, cada um está num ponto da cadeia. Não é estranho que isso ocorra". Disse que o grande teste se o país terá ou não investimento no setor elétrico será nos leilões de geração.

A ministra informou que diversos empresários estrangeiros já manifestaram interesse em investir no setor elétrico brasileiro à comitiva brasileira que está em Genebra, Suíça.

Questionada se o presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, será substituído, a ministra disse que não está autorizada a discutir a reforma ministerial, caso ela chegue ao setor elétrico. "Quem define esse processo é o presidente da República e a chefia da Casa Civil. Isso teria de ser discutido lá. Este processo não se dá na minha órbita", explicou a ministra.