Lula faz balanço de governo e das reformas com ministros petistas

22/11/2003 - 19h44

Brasília, 22/11/2003 (Agência Brasil – ABr) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou o sábado reunido com os ministros do PT, com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e com o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP) na Granja do Torto. "Foi um almoço demorado", brincou Genoíno. "Foi um almoço prolongado em que pudemos encontrar todos os ministros do PT", continuou o Mercadante.

Eles garantiram que o encontro não foi para despedida dos petistas que deixarão o governo e que a reforma ministerial só ocorrerá depois da votação das reformas tributária e previdenciária pelo Congresso. "O presidente deixou muito claro hoje: a reforma ministerial só será debatida e resolvida após a votação das reformas previdenciária e tributária. Vamos encerrar essa primeira etapa do governo. A reforma ministerial será o início da segunda etapa do governo", disse
ercadante.

A reunião tratou, conforme os dois dirigentes, da articulação para votação final das reformas. Foi feito também um balanço da economia nacional nos primeiros onze meses do governo Lula. Ao presidente do BC coube a responsabilidades de apresentar os números da economia.

Mercadante falou sobre as reformas constitucionais e comentou os avanços na negociação com os senadores da oposição obtidos nesta última semana. O líder governista garantiu que o presidente Lula não fez nenhum pedido aos ministros para de pressionarem pela aprovação da reforma.

O impasse sobre o subteto do funcionalismo público estadual na reforma da Previdência fica para depois da reunião de segunda-feira (24) com o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB). Os detalhes sobre o novo texto da reforma tributária ficam para depois da reunião com os senadores Tasso Jereissati (PSDB/CE) e Rodolpho Tourinho (PFL/BA), no mesmo dia.

Seja qual for a decisão, Mercadante já reconhece que o segundo turno da reforma tributária não será realizado de 15 de dezembro, último dia do ano legislativo. Com isso, o Congresso Nacional terá que prorrogar seus trabalhos por pelo menos duas semanas para garantir que a reforma tributária seja aprovada ainda em 2003. "Seguramente nós não temos como votar antes de 15 de dezembro", disse.

Participaram da reunião todos ministros do PT entre os quais, Antônio Palloci (Fazenda), Guido Mantega (Orçamento), Olívio Dutra (Cidades), Dilma Roussef (Minas e Energia) e Cristovam Buarque (Educação).