Rio, 29/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - O Ministério da Saúde reduziu este ano pela metade os gastos com hemoderivados. Segundo o ministro Humberto Costa, a redução foi possível com a aplicação de uma concorrência fechada no último ano do governo passado, que provocou a queda nos preços dos produtos. "Isso é uma parte. Não é em todo lugar que temos gorduras para poder reduzir".
O ministro afirmou que no caso dos medicamentos denominados excepcionais, para os quais o poder público praticamente é o único comprador, a justiça obriga a distribuição de produtos "cada vez mais, mais raros e de eficácia duvidosa". Ele explicou que nessa relação existem muitos medicamentos que não estão sob patente e que não são produzidos no Brasil. "Um esforço concentrado que nos pudesse dar alternativas nessa área nos daria uma capacidade maior de melhorar o poder de compra que o ministério tem". O ministro destacou que o setor de saúde tem demonstrado um retorno garantido para a economia e com investimentos pode desenvolver ainda mais produtos que podem fortalecer a pauta de exportações.
Durante a abertura do 2° Seminário Nacional sobre o Complexo Industrial da Saúde, na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, ele lembrou que ações conjuntas entre os Ministérios da Saúde, do Desenvolvimento e da Integração Nacional com participação do BNDES para a discussão da cadeia produtiva de insumos e equipamentos médico-hospitalares são uma forma de inclusão. "Um país que pretende ter desenvolvimento e ser capaz de gerar empregos e superávits no seu comércio internacional, tem que investir pesadamente nesta área."