Brasília, 12/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - A exposição Juscelino Kubitschek de Oliveira foi aberta esta noite, na Galeria Athos Bulcão. Fruto de dois anos de pesquisa no Arquivo Público do Distrito Federal, a exposição encerra as comemorações do centenário de JK (1902-2002).
Nesta mostra, os visitantes podem ver imagens da vida pessoal e da trajetória política do ex-presidente. São 44 fotografias de momentos importantes na biografia de JK, como sua infância em Diamantina (MG), a posse na Presidência da República, a inauguração de Brasília, seu exílio e a procissão na capital no dia da sua morte. "É uma exposição didática, que mostra o crescimento e o reconhecimento de JK, seja como médico, seja como político" afirmou o diretor do Patrimônio Histórico e Artístico, Jarbas Silva Marques.
Para proporcionar uma ambientação do período retratado, a exposição é sonorizada com músicas, propagandas e trechos de discursos de JK. Conhecido como presidente bossa nova, Kubitschek era um incentivador das artes. Essa faceta de Kubitschek não foi esquecida durante a abertura da mostra, que contou com a presença de um dos seresteiros favoritos do ex-presidente, Raimundo Moura. O músico interpretou algumas das canções favoritas de JK e também aquelas que foram feitas em homenagem a sua grande obra: Brasília.
O DKW Vemag presente na galeria simboliza o lado desbravador do ex-presidente. Muito usado durante os três anos da construção da nova capital, o veículo ficou conhecido como candango. Segundo os pioneiros, o automóvel era como os homens que vieram construir Brasília: tinha capacidade de vencer adversidades e atingir objetivos aparentemente impossíveis.
Ao percorrerem a exposição, os visitantes podem literalmente caminhar sobre o Plano Piloto, pois há uma reprodução do croqui do urbanista Lúcio Costa que ganhou o concurso para construção da nova capital. A coordenadora da mostra, Edenise de Sousa, explica que a idéia surgiu para mostrar às crianças, de uma forma lúdica, como surgiu o conceito da criação de Brasília.
Os visitantes também podem assistir ao documentário JK – O Menino que Sonhou um País, do cineasta Silvio Tendler. O filme é exibido durante toda exposição e mostra a trajetória do ex-presidente, pontuada por depoimentos de familiares e amigos.
A exposição ficará aberta ao público até 16 de novembro.