Rio, 28/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - O co-presidente da Área de Livre Comércio das Américas (Alca),embaixador brasileiro Adhemar Bahadian, considera que a reunião ministerial a ser realizada no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), em setembro, no México, embora não tenha relação com a criação da Alca, pode definir questões importantes para o avanço dessas negociações.
O também co-presidente da Alca,embaixador americano Peter Allgeier, apontou algumas das áreas em que considera que aconteceram progressos. Ele destacou a área de tarifas alfandegárias, onde, segundo Allgeier, 34 países estão seguindo os prazos dos entendimentos e apresentaram as propostas que estão sendo analisadas. Outro grupo destacado pelo diplomata americano foi o de compras governamentais. "Nem sempre há acordo, mas as questões básicas e necessárias já estão retratadas em texto. Isso é um progresso."
O embaixador Allgeier disse que na reunião de avaliação do andamento das negociações que aconteceu hoje, no Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro, o chefe do grupo de Agricultura afirmou que as áreas de práticas de saneamento e de fito-sanitária estão indo bem. O embaixador Bahadian, no entanto, ressaltou que se outros chefes de grupos foram consultados. "A visão não seria tão boa assim com relação às negociações na agricultura e em outras áreas".
O diplomata esclareceu que se há progressos na área de negociações tarifárias é preciso examinar outros aspectos da negociação agrícola que não estão contemplados e que não estão sendo negociados. "Subsídios externos e internos. Alguns produtos de interesses de países que não estão contemplados no processo de desgravação rápida. Há uma série de problemas também na área agrícola que no ângulo de outros países não estão inteiramente resolvidos". O diplomata reconheceu que essa é uma área sensível também nas discussões no âmbito da OMC e seria difícil que não acontecesse o mesmo na ALCA.