Brasília, 21/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - "A reforma da Previdência não atende ao interesse do governo, atende aos interesses do país", afirmou o ministro da Previdência Social, Ricardo Berzoini, ao comentar as pressões para mudanças na proposta do governo que está tramitando na Câmara dos Deputados.
Berzoini disse que a Previdência é muito mais que aposentadoria. "É um conjunto de benefícios e proteções que se relacionam com a realidade de quem é economicamente ativo, ou seja, de quem está trabalhando", disse. Como exemplo citou benefícios como o salário maternidade, pago pela Previdência durante os primeiros quatro meses de vida do bebê, o auxílio-doença, o auxílio-acidente e a pensão por morte. O ministro lembrou que 6,9 milhões pessoas recebem benefícios previdenciários no meio rural.
De acordo com Berzoini, mais brasileiros não se filiam à Previdência por dois motivos básicos: a falta de informação e a falta de renda. Para dar oportunidade a todos brasileiros que trabalham de receberem seus benefícios, o ministro adiantou que estão sendo estudadas alternativas para baratear o custo com a previdência social.
"O fundamental é que a população esteja protegida através de um sistema previdenciário que tenha baixo nível de fraude, tenha capacidade de combater a sonegação e que seja capaz de recuperar as dívidas que empresas têm com a previdência", afirmou.
Sobre a votação do texto da reforma, Berzoini disse que mesmo sem consenso absoluto dos parlamentares, acredita no apoio da maioria. "Estou otimista em relação à votação ( na Comissão Especial) e acho que também no plenário vamos ter uma grande maioria favorável ao relatório do deputado José Pimentel (PT/CE)".