Brasília, 14/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - A quantidade de doses de vacinas contra a poliomielite aplicadas até o meio-dia deste sábado, ultrapassou em mais de um milhão o número de crianças vacinadas, no mesmo período do ano passado. Os dados repassados pelos estados para a central de informações do Ministério da Saúde, mostram que das 8h até o meio-dia 4.508.951 crianças tomaram a dose da vacina, um aumento de 6% em relação à primeira etapa da vacinação de 2002. A meta do Ministério é vacinar 17 milhões de crianças menores de cinco anos de idade. Em Manaus (AM), devido às chuvas, a campanha será prorrogada para segunda terça e quarta-feiras.
A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações da Secretaria de Vigilância em Saúde, Maria de Lourdes de Sousa Máia, atribui esse sucesso da campanha à conscientização dos pais, à dedicação de uma grande equipe de 443 mil pessoas envolvidas e ao bom tempo em quase todo o país. O resultado final da campanha com o número total de crianças vacinadas será divulgado no dia 28 de julho, quando todos os municípios terão repassado os dados de cada um dos postos de vacinação. A segunda etapa da vacinação está marcada para o dia 23 de agosto deste ano.
Maria de Lourdes disse que a vacinação foi acompanhada por representantes de organismos internacionais como a Organização Pan-Americana de Saúde, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Organização Mundial de Saúde (OMS). "Estes organismos estão sempre muito atentos ao que acontece num país como o Brasil, de uma extensão territorial tão grande", disse Maria de Lourdes. Ela acrescentou que qualquer coisa que der errada aqui no Brasil repercute lá fora, porque prejudica também outros países, principalmente nossos vizinhos. "Daí a nossa responsabilidade em não permitir que esse vírus retorne ao nosso país" afirmou a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações.
A poliomielite já está erradicada no Brasil mas é preciso manter a vacinação, porque a doença é endêmica em alguns países da Ásia e da África, como Índia, Egito e Nigéria. Além disso, a OMS considera que outros países correm alto risco de reintrodução da pólio, a exemplo de Angola, Bangladesh, Etiópia, República Democrática do Congo, Nepal e o Sudão.